A Floresta de Mãos e Dentes - Carrie Ryan

            Primeiro livro de uma trilogia, A Floresta de Mãos e Dentes conta a história de um mundo pós-apocaliptico. Um mundo destruído por um vírus que rapidamente tomou quase o planeta inteiro, matando as pessoas e transformando-as em Esconjurados. Basta uma mordida de um Esconjurado e você morre, logo voltando como um deles, com nada além da eterna fome de carne humana. Sua humanidade se vai, assim como qualquer sentimento ou memórias.

            Mary é descendente das poucas pessoas que sobreviveram após o Retorno, época quando as pessoas começaram a voltar após a morte.

Mary vive em uma pequena vila isolada por uma cerda de ferro, que mantém os Esconjurados fora, ou os vivos dentro. A vila é comandada pela Irmandade, que controlam tudo e todos. As irmãs são as professoras, as médicas e as freiras. São elas que obtêm poder sobre o conhecimento passado que foi perdido. São elas que ditam os caminhos a serem tomados na vida, usando Deus como desculpa, pois Deus os deu a benção para viver e eles devem honrá-la.

O perigo é constante. As pessoas da vila vivem cercadas pelo medo de uma invasão de Esconjurados e privados dos segredos escondidos pela irmandade não há nada que possam fazer a não ser viver dia após dia na esperança de que nada aconteça. 

Coisas do mundo exterior como o oceano tornaram-se lendas, conhecidas por poucas famílias, acreditada por poucas pessoas. Mary é uma dessas pessoas. Seu sonho é ver o oceano, sentir as ondas embalarem seu corpo e o gosto de sal em seus lábios. E logo Mary precisará escolher entre seus sonhos, as pessoas que ama e as pessoas que a amam.

A história de A Floresta de Mãos e Dentes é densa, pesada. Em vários trechos percebi que prendia a respiração, de olhos arregalados, ávida para descobrir o que aconteceria em seguida. Se a protagonista sofria, eu sofria junto com ela. Os acontecimentos do livro são contados com tal emoção, de forma tão realista (dentro do possível) que a sensação é de que estamos vivendo a história junto com Mary.

Cada hipótese que eu criava para resolver os problemas enfrentados tornavam-se inúteis quando o rumo da história de repente mudava. É o tipo de livro que se fixa em sua cabeça e você não consegue parar de pensar em “o que vai acontecer com eles?” e também nas coisas que já aconteceram.

Esse é um livro intenso, ótimo para os mais aventureiros, que gostam de ação e de uma boa história.

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