segunda-feira, 11 de março de 2013

A Culpa é das Estrelas - John Green



                                            “A Culpa é das Estrelas” é o quarto livro solo do autor americano John Green, que também já publicou outros dois livros em conjunto com outros autores. Mesmo um ano após seu lançamento ainda é possível ver o livro na lista dos 10 mais vendidos “Young Adults” (livros voltados para o público “jovem adulto”) do The New York Times.               
                                           O livro conta a história de Hazel Grace, uma garota de 16 anos que desde muito cedo batalha contra o câncer. Primeiro foi o Câncer de Tireóide e logo após veio a metástase no pulmão, que a cada dia prejudica ainda mais sua saúde, fazendo com que a garota precise passar seus dias ligada à um cilindro de oxigênio, fazendo, também, regulares visitas ao hospital.
                                           Hazel mal sai de casa e está sempre lendo o mesmo livro, de novo e de novo.  Quando sua mãe acha que a menina está deprimida, Hazel é obrigada a freqüentar um grupo de apoio para jovens com câncer, o que não faz com muito ânimo. Porém, lá ela conhece Gus, um garoto de 17 anos que perdeu uma das pernas para o osteossarcoma, um tumor ósseo maligno.
                                           Com a presença de Gus, Hazel começa a ansiar pelos encontros do grupo de apoio e os dois acabam a se aproximando, aproveitando as divertidas conversas e brincadeiras, sem se preocupar com os olhares de pena que geralmente recebiam de pessoas livres do câncer.

                                           “A Culpa é das Estrelas” é um livro extremamente difícil de resenhar.  Por mais se seja uma história de amor tocante, ainda assim é uma história brutal, justamente por falar sobre algo tão real na vida de milhões de pessoas. Acredito que o câncer seja uma das principais, senão a principal causa de mortalidade no mundo. É uma doença que ataca em diversos níveis/estágios indiscriminadamente, ou seja, não importa cor, nacionalidade ou classe social. Por mais que todos nós tenhamos consciência disso tudo é difícil estar preparado e não se abalar com um lembrete de como a vida humana é breve e como são frágeis os nossos corpos.
Mas pior que isso, pior que a brevidade e a fragilidade, é a parte do sofrimento. Neste livro, John Green realmente me fez pensar em porque que pessoas boas precisam sofrer de tal forma, às vezes até um ponto no qual prefeririam desistir de tudo, desde que isso signifique o fim da dor. Não vou negar, adiei o máximo que pude para fazer esta resenha e ainda não estou muito feliz a escrevendo agora. Costumo me apegar muito aos personagens dos livros que leio, e quase não agüentei terminar de ler, pois, por medo, não queria saber como terminava.
                                           Sabe aqueles dias em que tudo dá errado e nós ficamos com tanta raiva que queremos mais é chutar alguma coisa, dizendo às vezes coisas parecidas como “Por que é que isso tinha que acontecer comigo?”? Pois é, depois de “A Culpa é das Estrelas” eu já não penso mais assim.

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