sábado, 24 de dezembro de 2011

Orgulho e Preconceito - Jane Austen

Não, não, não. Não se assustem! “Orgulho e Preconceito” é um clássico? Sim, não posso negar, assim como não posso negar também que clássicos não agradam a todos, assim como qualquer outro livro. Mas como saber se gostaria ou não do livro se não der uma chance?
Jane Austen nunca se casou. Foi pedida em casamento uma vez, mas acabou recusando, pois não acreditava em casamento sem amor. Por muito tempo acreditou-se que a autora não teria tido nenhum tipo de experiência romântica, mas cartas entre ela e sua irmã provam o contrário. Jane Austen apaixonou-se por um rapaz certa vez, mas o casamento era financeiramente impróprio. Ela teve 4 livros publicados em vida (Razão e Sensibilidade – 1811, Orgulho e Preconceito – 1813, Mansfield Park – 1814 e Emma – 1816) e dois livros publicados postumamente: Northanger Abbey e Persuasão, ambos publicados em 1818.
Tendo experiências românticas ou não, a autora escreveu um livro que sobreviveu centenas de anos e ainda hoje tem relativo sucesso. Orgulho e Preconceito nos mostra que mesmo que o mundo e costumes mudam, o amor é sempre igual, sempre gentil, encantador, e às vezes incompreendido e até mesmo assustador.
“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro possuidor de uma boa fortuna deve estar necessitado de uma esposa.” E quando se tem cinco filhas e pouca ou nenhuma fortuna, toda família espera que uma de suas meninas seja a escolhida. Sra. Bennet não pensa de forma diferente, e quando Sr. Bingley, rico, gentil e principalmente rico chega à cidade, Sra. Bennet logo fica animada com a idéia de ter uma de suas filhas muito bem casa. Sua alegria aumenta mais ainda quando Sr. Bingley demonstra certa preferência à Jane, sua filha mais velha. Apesar se ser óbvio o sentimento que acontece entre os dois, não são todas as pessoas que apóiam a formação do novo casal. A família de Sr. Bingley e seu arrogante amigo Sr. Darcy são contra a relação e fazem de tudo para afastá-los.

Sr. Darcy age de forma praticamente ignorante com as pessoas da cidade e, sem saber que foi ouvido, acaba insultando Lizzie, irmã de Jane. Lizzie, porém, possui um gênio forte e apesar de achar o ato imperdoável não se deixa abalar e age para com Sr. Darcy de forma inteligente e sagaz, respondendo à altura qualquer coisa que o homem pudesse dizer. O que nenhum dos dois esperavam era o sentimento que cresceria entre eles.
Muitos encontros e desencontros acontecem, muitos relacionamentos são dados como impróprios e pessoas são afastadas por algo que não sabiam que era mentira.
É impossível não torcer pelos personagens e vibrar quando algo que esperávamos acontece e para aqueles que gostam de romance essa é com certeza uma leitura agradável.
Porém, antes de ler esse livro é preciso ter conhecimento de que a época é diferente. No século XVIII os costumes eram diferentes, a linguagem, a sociedade e a forma de agir também eram diferentes. E se você não tem certeza se essas diferenças são agradáveis ou não e tem receio de dar uma chance ao livro, dê pelo menos uma chance às câmeras.
Orgulho e Preconceito foi gravado diversas vezes, tanto em forma de minissérie como em forma de filme. O filme mais conhecido é o de 2005, com a atriz Keira Knightley, e em forma de minissérie a mais famosa é a de 1995. Como sabemos, poucas coisas nos filmes são idênticos aos livros, e o filme tem diversas diferenças. A minissérie, por sua vez, é mais exata. Seja de 2005 ou 1995, as duas adaptações são ótimas e recomendadas, e quem sabe após assistir você tenha vontade de conferir como é o livro. 

Classificação

Um comentário:

  1. Resenh ótima !
    Sempre tenho vontade de ler clássicos mas até agora não me aventurei em nenhum sem ser brasileiro. Jane austein é a escritora que mais me desperta curiosidade!
    Vou definivamente quebrar esse tabu e ler algum livro dela!!

    beijo,
    Brenda Lorrainy
    cataventodeideias.com

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