sábado, 17 de dezembro de 2011

As Crônicas de Artur #1 - Bernard Cornwell


  
 “O Rei do Inverno” é o primeiro livro de “As Crônicas de Artur”, escrito pelo autor britânico Bernard Cornwell, que conta uma versão menos fantasiosa e diferente das já batidas histórias sobre o Rei Artur.
          Um fato interessante de O Rei do Inverno é que ele se baseia em descobertas arqueológicas e históricas, que são explicadas pelo autor no final do livro, o que é bem interessante de se ler. “As Crônicas de Artur” são compostas por três livros que são vendidos e no site submarino como um Box que está sempre em promoção. São vendidos na saraiva também, mas apenas separados.
Antes do começo da narrativa encontramos coisas como uma espécie de dicionário/glossário sobre o livro. Lá temos os nomes dos personagens e uma breve descrição dos mesmos e também sobre os lugares. É interessante, pois assim podemos já conhecer um pouco dos personagens que são citados ao longo da história e já conhecer algumas mudanças comparando com as histórias mais conhecidas.

Uma característica que achei maravilhosa foi que são 537 páginas de história “ativa”, sem nenhuma enrolação e muito conteúdo, que foi muito bem explorado. É bem diferente das histórias por mim conhecidas sobre o Artur. Essa versão é muito mais madura. Com relação aos personagens, achei legal o fato de conhecer versões diferentes de alguns como Lancelot e Morgana, conhecer melhor outros como Nimue (me simpatizei por ela depois disso) e ver como tem uns que possuem as mesmas características como Artur.
“No entanto Artur não era muito espirituoso, nem um contador de histórias, era simplesmente Artur, um homem bom e com uma confiança contagiante, uma vontade impaciente e uma decisão de ferro.” (pág. 136)
A história não é separada em capítulos, mas sim em partes, sendo cinco no total. A primeira: Um nascimento no inverno; a segunda: A noiva; a terceira: A Volta de Merlin; a quarta: A Ilha dos Mortos; a quinta e última: A parede de escudos.
A história é uma narrativa contada por Derfel à rainha de Powys, Igraine.
Derfel é um saxão órfão, criado no Tor e protegido de Merlin. A história começa com o nascimento de Mordred, neto do Grande Rei Uther. A criança nasce aleijada e isso não é considerado um bom presságio para muitos.
        Depois de muitos desafios é feita uma reunião para decidir um grupo de protetores do futuro rei (Mordred), para que guardem o reino até que o bebê tenha idade e condições de assumir suas responsabilidades. Um desses protetores é Artur, filho bastardo de Uther (portanto não tem direitos ao trono, sendo assim nunca foi Rei).
         Artur, ao contrário do que dizem histórias conhecidas por mim, é irmão de Morgana, Morgause e Anna. Eles são filhos Uther com sua amante, Igraine de Gwynedd. Artur é um guerreiro incrível, elogiado e temido por muitos, e ao receber a função de protetor é chamado a voltar para Dumnonia (em outras histórias mais conhecida por Camelot, atual Inglaterra) e ao chegar lá conhece Derfel.
A história vai se desenrolando em cima das dificuldades e das guerras que vão surgindo para proteger Dumnonia para Mordred e das decisões “erradas” tomadas por Artur. A narrativa vai sendo apresentadas de acordo com o que o Derfel viveu e sentiu, mas apesar de apresentada por ele é muito focada em Artur e sua vida.
É legal ver fortes amizades como a de Derfel com Artur, dele com Nimue (sacerdotisa), conhecer um novo Merlin, um mais autoritário, mais sábio e até mesmo mais louco. Noções a cerca da Antiga religião, coisa que eu não tinha, foram aprendidas. Conhecei melhor alguns lugares e também novos lugares.
O Rei do Inverno é um livro que tem bastantes conflitos da Antiga religião com o cristianismo. É uma Dumnonia, ao ponto de vista de Merlin, tentando voltar com os antigos hábitos e cultos perdidos depois da invasão de Roma ao território. São mostradas muitas guerras e também uma verdadeira realidade do que acontecia nesses tempos tumultuados.
É interessantes prestar atenção às conversas de Derfel com Igraine no início de cada parte e ver que as coisas vão ganhando outras famas e significados ao longo da história, como por exemplo, o porquê do nome Excalibur.
Esse foi um livro difícil de resenhar, mas com certeza é muito bom e vale muito à pena ler. Certamente um dos melhores, senão o melhor, que li esse ano.

Classificação

2 comentários:

  1. Não me interesso muito por livro assim. Acho que eu não iria gostar.
    Mas eu gostei do título... rs

    Beijos,
    Mandi - Book and Cupcake

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  2. Mesmo difícil de resenhar você conseguiu fazer uma ótima resenha :]
    Gosto muito quando o livro mesmo grosso tem realmente conteúdo! a pior coisa é ler um livro que gira, gira e fica na mesma coisa :X
    A capa é realmente linda!
    beijo!
    Brenda Lorrainy
    cataventodeideias.com

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