domingo, 17 de junho de 2012

A Hospedeira - Stephenie Meyer


“A Hospedeira” gera certa polêmica. Muitas pessoas adoram e muitas outras odeiam.
O Livro estava parado em minha estante há pouco mais de um ano e até então eu não sentia vontade de lê-lo. A sinopse não chamava minha atenção e ler um livro de 557 páginas que não nos atrai é quase torturante, certo?
Esperei até que um dia houve um “click” em minha cabeça e eu quis ler o livro. – E posso dizer que não me arrependo.
Antes de ler essa resenha esqueça qualquer medo ou preconceito. Esqueça o número de páginas e principalmente esqueça o nome da autora. A Hospedeira nada tem a ver com a saga Twilight (Crepúsculo).
A Terra já não é a mesma. Formas alienígenas chamadas de “Almas” tomaram o planeta de forma silenciosa. As Almas foram pouco a pouco assumindo o controle dos corpos humanos, suprimindo as pessoas em suas cabeças, até que deixassem de existir. Utilizando as memórias dos antigos donos dos corpos, as primeiras Almas fingiam que nada havia acontecido, agindo naturalmente como se fossem humanos. Apesar de quase imperceptível a mudança foi notada e alguns rebeldes conseguiram escapar.
Melanie Stryder era uma dessas pessoas. Sobreviveu escondida por um bom tempo até que sai à procura de outros humanos e é capturada, deixando outras duas pessoas para trás. Mas sua captura não quer dizer o fim. Melanie não vai desistir.

Peregrina é diferente das outras Almas. Peregrina já esteve em quase todos os planetas habitados e conhecidos pelas Almas, mas nunca se encaixou em nenhum deles. Sempre havia algo “fora do lugar”. Mas nenhum desses planetas era como a Terra e certamente nenhum de seus hospedeiros foi como Melanie.
Melanie se recusa a deixar seu corpo. Isso significaria que tudo pelo o que lutou teria sido em vão. E se ela partir, a intrusa em seu corpo ficaria com todas suas memórias e assim as pessoas que ela tanto ama estariam em perigo.
O corpo era de Peregrina agora. Porque a humana se recusava em partir? Isso não é algo comum, nunca aconteceu com ela antes. Após algum tempo Melanie passa de uma presença irritante para algo constante. Ela começa a se comunicar com Peregrina e a Alma não entende a raiva de Melanie. As Almas, criaturas essencialmente boas, fizeram da Terra um lugar melhor. Não há mais guerras, não há mais fome ou doenças.  Por que tanto ódio? E porque Melanie tenta proteger com todas suas forças criaturas tão cruéis como os humanos?
Mas os sentimentos de Melanie são fortes demais e algumas coisas ela não consegue esconder. A avalanche de emoções chega até Peregrina e a Alma começa a entender que os humanos não são feitos somente de raiva e ódio. Peregrina percebe – e sente - o amor incondicional da humana. Tais sentimentos avassaladores tornam-se seus também e apesar de ser incrivelmente difícil ter duas pessoas em um só corpo, as duas acabam criando um laço de amizade e vão em busca das pessoas presentes em seus sonhos.
A jornada não será fácil. É preciso encontrar localizações e despistar Almas que a tentam impedir. Além disso, se elas encontrarão os humanos e a forma como irão reagir é um mistério.


Sim, “A Hospedeira” me surpreendeu. Talvez fosse impossível eu me decepcionar, pois minhas expectativas eram extremamente baixas... (Uma daquelas situações em que as sinopses na parte de trás da capa não fazem jus ao livro.)
Confesso que mesmo escrevendo uma sinopse essa história de “aliens tomando controle de corpos” não me parece muito atraente, mas esse acaba não sendo o elemento principal.  
Duas pessoas em um só corpo é algo certamente diferente e a divergência de pensamentos entre Melanie e Peregrina com certeza é interessante e chama a atenção, e o costumes das Almas são intrigantes, mas o ponto alto do livro são os personagens. São muitos personagens diferentes e cada um deles tem suas qualidades e jeito de ser extremamente cativantes (assim como tem aqueles que sinceramente desejamos que morressem).  A cada capítulo eu prendia a respiração e dizia “Ah, não!” esperando algo ruim acontecer. É quase impossível não torcer pelos personagens, desejando que tudo dê certo com eles e vibrando quando as coisas vão do jeito que queremos.

Não vou afirmar que A Hospedeira foi o melhor livro que já li, no entanto ainda assim foi bom. Talvez nem tanto pela história em si, mas pelos personagens (), que como vocês podem ver, acabaram me conquistando.

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