“A
Culpa é das Estrelas” é o quarto livro solo
do autor americano John Green, que também já publicou outros dois livros em
conjunto com outros autores. Mesmo um ano após seu lançamento ainda é possível
ver o livro na lista dos 10 mais vendidos “Young Adults” (livros voltados para
o público “jovem adulto”) do The New York Times.
O
livro conta a história de Hazel Grace, uma garota de 16 anos que desde muito
cedo batalha contra o câncer. Primeiro foi o Câncer de Tireóide e logo após
veio a metástase no pulmão, que a cada dia prejudica ainda mais sua saúde,
fazendo com que a garota precise passar seus dias ligada à um cilindro de
oxigênio, fazendo, também, regulares visitas ao hospital.
Hazel
mal sai de casa e está sempre lendo o mesmo livro, de novo e de novo. Quando sua mãe acha que a menina está
deprimida, Hazel é obrigada a freqüentar um grupo de apoio para jovens com
câncer, o que não faz com muito ânimo. Porém, lá ela conhece Gus, um garoto de
17 anos que perdeu uma das pernas para o osteossarcoma, um tumor ósseo maligno.
Com a
presença de Gus, Hazel começa a ansiar pelos encontros do grupo de apoio e os
dois acabam a se aproximando, aproveitando as divertidas conversas e
brincadeiras, sem se preocupar com os olhares de pena que geralmente recebiam
de pessoas livres do câncer.
“A
Culpa é das Estrelas” é um livro extremamente difícil de resenhar. Por mais se seja uma história de amor
tocante, ainda assim é uma história brutal, justamente por falar sobre algo tão
real na vida de milhões de pessoas. Acredito que o câncer seja uma das
principais, senão a principal causa de mortalidade no mundo. É uma doença que
ataca em diversos níveis/estágios indiscriminadamente, ou seja, não importa
cor, nacionalidade ou classe social. Por mais que todos nós tenhamos
consciência disso tudo é difícil estar preparado e não se abalar com um
lembrete de como a vida humana é breve e como são frágeis os nossos corpos.
Mas pior que
isso, pior que a brevidade e a fragilidade, é a parte do sofrimento. Neste
livro, John Green realmente me fez pensar em porque que pessoas boas precisam
sofrer de tal forma, às vezes até um ponto no qual prefeririam desistir de
tudo, desde que isso signifique o fim da dor. Não vou negar, adiei o máximo que
pude para fazer esta resenha e ainda não estou muito feliz a escrevendo agora.
Costumo me apegar muito aos personagens dos livros que leio, e quase não
agüentei terminar de ler, pois, por medo, não queria saber como terminava.
Sabe
aqueles dias em que tudo dá errado e nós ficamos com tanta raiva que queremos
mais é chutar alguma coisa, dizendo às vezes coisas parecidas como “Por que é
que isso tinha que acontecer comigo?”? Pois é, depois de “A Culpa é das
Estrelas” eu já não penso mais assim.
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